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Assim como o título diz, fizemos uma trip pelo aguardado São Paulo Trip, festival que reuniu lendas do rock mundial. Nos 4 dias de festival tivemos como headliners The Who, Bon Jovi, Aerosmith e Guns’n Roses (com a volta de Slash e Duff). E o que seria dos protagonistas sem os coadjuvantes de luxo que também fizeram parte, como The Cult, Alter Bridge, The Kills, Def Leppard e o mestre Alice Cooper?

Antes de iniciar, já adianto que nossa trip (infelizmente) não conseguiu cobrir todos os shows. No caso, não comparecemos no show do Aerosmith e Def Leppard, e perdemos alguns shows de abertura.

O primeiro dia de festival foi o menos lotado, porém, o mais esperado. Como citado acima, por motivos de não poder sair cedo do trabalho, não conseguimos pegar o show do Alter Bridge (afinal, não são todos os trabalhadores que conseguem chegar 17h30 para assistir um show). Mas com a graça do transporte público, chegamos a tempo para ver os veteranos do The Cult.

Tirando o público que não colaborou muito com a banda (só fizeram parte nas últimas músicas), o show foi impecável. A presença de palco e a voz do britânico Ian Astbury são um espetáculo a parte, não esquecendo do companheiro Billy Duff, que o acompanha desde o início. O repertório não foi de hits, mas foi o repertório mais The Cult que os fãs poderiam esperar; de novo, os fãs. Rise, Wild Flower, Rain, Sweet Soul Sister, She Sells Sanctuary fizeram parte da apresentação, que foi encerrada com a clássica Love Removal Machine.

imagem retirada da internetimagem retirada da internet

Como citado acima, o momento mais esperado do festival chegou. Pela primeira vez na América do Sul, os vovôs do The Who sobem ao palco esbanjando simpatia e energia. Sim, muita energia. Roger Daltrey, 73 anos, e Pete Townshend, 72, únicos (e suficientes) membros da formação original tomaram conta do palco e rechearam o público com eternos clássicos, começando com I Can’t Explain e viajando por hits que muitos pensavam que não iriam ver ao vivo, como Who Are You, My Generation (com direito a errada feia), Substitute, Baba O’Riley, Behind Blue Eyes, I Better You Bet, entre muitas outras. E vale ressaltar que, pra suprir a falta do lendário Keith Moon, a bateria ficou na responsa de ninguém menos que Zak Starkey, filho de Ringo Star. Sem mais.

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Dois dias de descanso e voltamos na segunda noite do festival, com Bon Jovi fazendo todos soltarem a voz com diversos hits que marcaram época. Não é segredo que Jon Bon Jovi já não tem a mesma voz há algum tempo, mas sua presença de palco e seus pulos polichinelos ainda estão em forma. O público foi ao delírio quando ele comparou com o show que fizera antes no Rock in Rio “Hoje será muito melhor!“. Abrindo com a nova “This House Is Not For Sale”, o show continuou com uma chuva de clássicos; Always, Keep The Faith, It’s My Life, In These Arms, Bed of Roses, Someday I’ll Be Saturday Night, entre muitas outras. Para surpresa de todos, o show não encerrou com Livi’n On a Prayer, mas sim com These Days.

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Pulando do terceiro para o quarto e último dia do São Paulo Trip (só vi as duas últimas músicas do Alice Cooper, para minha tristeza), era a noite perfeita. Depois de anunciada a tão esperada volta em 2016 (inclusive com shows por aqui), o Guns ‘n Roses está de volta com o trio eterno da formação original. Axl, Slash e Duff mostraram uma forma de bater aquela nostalgia dos anos 90.  Sim, todos sabemos que a voz de Axl não é mais a mesma (o peso também não), mas com certeza ninguém ligou para isso. Tirando o shorts apertado e a voz, que na realidade não está tão ruim assim (não da pra saber se o show emitido na TV, durante o Rock in Rio, foi boicotado ou se Axl estava se guardando para SP), os caras correram, pularam, gritaram, agitaram, tudo como era antes.

Com 20 minutos de atraso, It’s so Easy abriu um show seguindo com Mr. Brownstone. Ainda rolou Welcome to the Jungle, Chinese Democracy, Don’t Cry, Used to Love Her, Nightrain, You Could Be Mine, Patience, entre muitas outras. November Rain foi um dos momentos mais fodas do show. Fiquei surpreso por terem tocado My Michelle, bom demais.

Falando de covers, além dos clássicos Live and Let Die (Paul McCartney) e Knock on Heaven’s Door (Bob Dylan) que já costumam tocar sempre, a banda ainda mandou New Rose, do The Damned (esta presente no The Spaghetti Incident? – e outro ponto alto do show), Wish You Here (Pink Floyd), uma versão tosca e dispensável de I Feel Good (James Brown) e uma grata surpresa com Black Hole Sun, fazendo homenagem a perda de Chris Cornell. Pra encerrar, Paradise City com direito a fogos de artifício fechando com chave de ouro um festival que há muito não se via por aqui.

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Resumo SP Trip

Em resumo, este foi um dos melhores festivais que ocorreu nos últimos anos no país. As bandas entenderam o propósito de reunir grandes clássicos do rock ‘n roll em um único lugar, e corresponderam à altura do que o público esperava: shows enérgicos, nostálgicos e memoráveis.

O preço, logicamente salgado, é algo que poderia ser estudado e reduzido, assim como as pistas VIPs (odeio este tipo de segregação). E pra finalizar, uma crítica pessoal, usem seus smartphones com limitação nos shows, apreciem com os olhos.

Que venha o próximo!