Pela primeira vez, a vida e obra do poeta piauiense Torquato Neto ganha as telas dos cinemas no documentário “TORQUATO NETO – TODAS AS HORAS DO FIM“, dirigido por Eduardo Ades e Marcus Fernando, que estreia dia 8 de março, pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras. Um dos pensadores e letristas mais ativos da TropicáliaTorquato Neto atuou em diversas frentes, deixando sua marca inventiva na poesia, na música, no cinema, no jornalismo e na produção cultural.

“A ideia do filme é jogar uma luz sobre a vida e a obra desse personagem tão importante – e ao mesmo tempo ainda tão obscuro – da cultura brasileira”, diz um dos diretores, Marcus Fernando. “Torquato Neto é um personagem imenso e se revelou um desafio gigantesco para a montagem do filme. A gente percebeu que só daria conta de trazer a verdade dele se o colocasse em primeiro plano mesmo, como protagonista do filme. E assim evitando que o filme se tornasse frio e o Torquato, apenas um assunto. Pra isso, selecionamos dezenas de textos e músicas dele – era preciso que ele falasse em todas as sequências, sobre todos os assuntos que abordamos”, completa o também diretor Eduardo Ades.

Torquato começou na música na década de 60, compondo em parceria com Edu Lobo, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Na mesma época, aderiu ao movimento Tropicália, sendo responsável por algumas das mais importantes músicas do período: “Geléia Geral“ e “Marginália II“ (ambas em parceria com Gilberto Gil) e “Mamãe, Coragem“ (em parceria com Caetano Veloso).

Com o fim do movimento, foi passar uma temporada na Europa. De volta para o Brasil no início dos anos 70, atua como o personagem-título de “Nosferato no Brasil“, de Ivan Cardoso.  Em seguida, roda em Teresina seu primeiro filme, “O Terror da Vermelha“. Na madrugada do dia 10 de novembro de 1972, após seu aniversário de 28 anos, suicida-se em seu apartamento, no Rio de Janeiro.

O filme, que conta também com depoimentos de Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil, estreia dia 8 de março. Confira o trailer abaixo.