A Embaixada da França no Brasil, em parceria com o Institut Français na França e apoio da Aliança francesa no Brasil, tem o prazer de lançar a primeira Noite das Ideias no Brasil – a quinta no mundo, que acontecerá em 70 países – sob o tema: “Ser vivo e floresta”, simultaneamente em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Esta primeira edição da Noite das Ideias quer propor um momento de reflexão criativa sobre a floresta, seus desafios, suas concepções e sua variedade – da floresta tropical à mata atlântica, do cerrado aos maquis mediterrâneos.

Este tema será pensado e vivenciado seguindo diferentes abordagens: filosóficas, científicas, antropológicas, ecológicas, técnicas e sociais. A programação também contará com momentos artísticos e criativos (projeções e performances).

 

SERVIÇO:
NOITE DAS IDEIAS
QUANDO: Quinta-feira 30 de janeiro, das 18h45 às 23h45
LOCAL: Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37 – Bela Vista
Entrada livre, sem necessidade de inscrição prévia

Eixos de discussão:

Dois eixos serão privilegiados:

•            “A floresta como ser vivo”: à luz das descobertas e técnicas científicas mais recentes, bem como de um novo pensamento e uma nova filosofia de vida e de abordagens alternativas sobre floresta presentes em práticas espirituais e locais, a floresta aparece como um ser vivo por si só, como um todo, um macro-organismo operando em simbiose.

•            “A floresta como local de seres vivos”: discutir a floresta hoje também implica pensar nela como um lugar de seres vivos que não apenas vivem lá, mas que também administram e moldam este espaço. É um lugar de resiliência histórica, de habitação, de biodiversidade. A atualidade expressa fundamentalmente a urgência de um “ser vivo” da floresta – com o verbo “ser” no infinitivo que soa como um chamado, um grito – de um lugar a ser compreendido e protegido.

Mesas redondas (com 10 convidados):

A Noite das Ideias terá três mesas redondas com os seguintes convidados:

•            Ernesto Neto: grande escultor brasileiro, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio. Ele trabalha com a floresta e, em particular, com uma comunidade indígena no Acre.

•            Laymert Garcia dos Santos: sociólogo, UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas..

•            Jean-Baptiste Vidalou: filósofo francês autor do ensaio Être forêts (La Découverte, Paris, 2017), sobre as florestas francesas como lugar de engajamento.

•            Deborah Goldemberg: escritora e antropóloga brasileira.

•            Ricardo Cardim: paisagista e botânico, ele está desenvolvendo o conceito de “florestas de bolso” nas cidades para restaurar a floresta nativa.

•            Ricardo Abramovay: professor sênior do Programa de Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, escritor (Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza, Elefante, 2020).

•            Sebastián Wiedemann: cineasta-pesquisador e filósofo colombiano, UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.

•            Jean-Paul Ganem: artista plástico e “artista da paisagem” (« land art ») francês. Ele realizou inúmeros projetos paisagísticos no Canadá, Europa e no Brasil, em particular em São Paulo.

•            Marina Tavares: representante da ONG Black Jaguar Foundation, que está implementando o Corredor de Biodiversidade do Rio Araguaia, no centro do Brasil.

•            Santídio Pereira: artista brasileiro, representado pela Galeria Estação, presente em 2019 nas exposições Nous les Arbres (Fundação Cartier, Paris) e 36° Panorama da Arte brasileira. Sertão (MAM, São Paulo).

Intervenções artísticas:

•            Performance da artista Elisabeth Finger e duas bailarinas.

•            Exibição do longa-metragem: Era uma floresta, de Luc Jacquet, documentário, 2013, 78 min; e do curta-metragem Curupira, besta dos bosques, de Félix Blume, 2018, 35 min, sobre os sons e lendas da Floresta Amazônica.