[Texto de Gabriel Augusto]

Passando por uma crise financeira, a Rede Bandeirantes decidiu não manter o “Pânico na Band” em sua grade do ano que vem. Por isso, no domingo (17/12), foi produzido o último “Pânico na Band” inédito. A atração deve buscar um novo lar em 2018.

O Pânico foi uma das atrações mais experimentais da TV aberta nos últimos tempos, televisionado no horário nobre e concorrendo com grandes campeões de audiência, como “Fantástico” e Silvio Santos. Isso aconteceu por mais de uma década e meia, revezando entre RedeTV! e Band.

O estilo ousado de tirar o artista do pedestal foi simplesmente copiado por todos os veículos de comunicação. Quem não se lembra da dupla Vesgo e Silvio, atormentando os famosos com as “Sandálias da Humildade”?

Na internet as pessoas são quase unânimes: “o Pânico já deu o que tinha que dar”. Pode até ser verdade, mas alguns mitos sobre o programa precisam ser derrubados.

3 Clichês Equivocados sobre o Pânico:

1) “Ah, o Pânico não é mais relevante em 2017”

Segundo o diretor do programa, Marcelo Nascimento, o canal oficial da atração no Youtube bateu 2 bilhões de visualizações só em 2017, superando em engajamento o “Porta dos Fundos” e o “Whindersson Nunes”.

2) “O Pânico ficou ultrapassado”

Um dos memes mais famosos na web é do sósia do Vin Diesel, extraído de uma trollagem do programa. A produção ainda fala a língua da molecada, porém quem assistia no início já não faz mais parte do público.

3) “Eu nunca gostei desse programa”

Tudo bem, você pode até não gostar, porém já deve ter ouvido esses bordões: “Ronaldo, brilha muito no Corinthians”; “É… mais ou menos, mais ou menos”; “É benina ou benino, benina?”; “Corta para 18”.

Ainda não se sabe ao certo o caminho da atração. No entanto, o programa na rádio Jovem Pan contínua firme e forte, de segunda a sexta, às 12h.

De uns bons anos pra cá, nunca um programa foi tão ousado, irreverente, transgressor e passou tanto dos limites como a equipe de Emílio Surita. O Pânico fará falta, afinal, a zoeira nunca pode acabar.