[texto – Mariana Colombino]

Todo ano, o Google lança sua retrospectiva “Google – Year in Search”, onde faz um apanhado dos itens mais procurados na ferramenta de busca nos últimos 12 meses.

2017 teve muito medo e preocupação, vide as pesquisas “quão distante pode ir um míssil da Coreia do Norte”, “quantos refugiados existem no mundo” e “como se formam os furacões”. Mas também teve muita demonstração de esperança e afeto, como as perguntas “como acalmar um cachorro durante uma tempestade”, “como ajudar os refugiados” e “como fazer um sinal de protesto”.

O ano anterior, 2016, foi marcado por atentados, homofobia, Brexit, mas também por muito amor, bom-humor e força de vontade, com a Olímpiadas e seus atletas, que mais pareceram super-heróis, reforçando a capacidade do ser-humano em superar obstáculos e fazer coisas incríveis.

A linha do tempo mostra que todo ano tem seu amor e sua dor. Que todo retrocesso tem um avanço. Que toda intolerância gera a tolerância. Que toda demonstração de fúria e atraso se transforma em criação e conscientização, seja na música, no cinema, ou na poesia.

O mundo é a visão ampliada da nossa vida. Cada conflito nos faz evoluir. Cada escolha nos faz escolher melhor. Cada desavença nos faz dar valor à união. Cada perda nos faz agarrar à ideia de proteger o que tanto amamos.

Dizem por aí que “a única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida”, por isso temos que seguir adiante, aprendendo com os nossos erros e os erros dos outros também, já que temos uma enorme dificuldade em enxergar o que fazemos de errado.

Cada novo ano serve para aprendermos mais sobre o que está dentro da nossa bolha e fora dela principalmente. Nessa de olhar pra dentro e depois pra fora, temos certeza que não somos nada, diante da força da natureza. Que nosso conhecimento nunca é o suficiente. Que todo mundo tem um pouquinho de preconceito dentro de si. Que somos imperfeitos e que precisamos sempre evoluir para seguir adiante e fazer o mundo ir pra frente também.