Uma das práticas mais selvagens do continente Africano, Ásia, América Latina e até Extremo Oriente, a mutilação genital de mulheres (MGF), é a narrativa da próxima exposição da fotógrafa e artista plástica Andréa Bretas.

Com ideais que defendem o gênero feminino, usando-se da arte como forma de protesto, a carioca radicada em Petrópolis na Região Serrana do Rio, está conhecendo de perto a história de diversas mulheres no Quênia, onde está desenvolvendo mais uma fase de seu trabalho.

 

Como mulher eu não poderia deixar de me expressar sobre o assunto, altamente impactante tão física quanto emocionalmente para tantas jovens mulheres, não apenas aqui no Quênia, mas também em outros países do continente, além da Ásia e até América Latina. Apesar do tema ser tabu e consequentemente proibido de ser discutido, decidi chamar a atenção para os prejuízos dessa prática na vida futura de milhares de mulheres espalhadas por três continentes. Contrariando uma lei que vigora desde 2011 proibindo a crueldade desse rito de passagem, a prática continua de forma secreta. Meu objetivo é o de lembrar sobre a necessidade de se lutar para abolir de vez tamanha barbárie.

A exposição tem previsão de ser realizada pelos próximos meses, em uma galeria no Rio de Janeiro, onde a artista tem investido seus esforços voltados para o segmento cultural.