• Crescimento do número de vagas no segmento foi de 13% no ano, acima dos 11% da economia em geral.
  • Oferta de postos para trabalhadores especializados em cultura cresceu 14% no período.
  • Trabalhadores de apoio ganharam 68% das novas vagas criadas no segmento.
  • Ofertas de vagas em museus e patrimônio cresceram 39% entre o 3º e o 4º trimestre de 2021.
  • Vagas informais têm crescimento relativo maior que vagas formais.

O avanço da vacinação, o arrefecimento da pandemia e a retomada das atividades presenciais deram forte impulso à oferta de emprego na economia criativa no 4º trimestre de 2021. Entre outubro e dezembro do ano passado foram criados 855,5 mil postos de trabalho no segmento, o que representou aumento de 13% frente ao mesmo período de 2020.

As informações constam do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, a partir de dados da Pnad Contínua.

De acordo com o levantamento, 2021 encerrou com 7,5 milhões de trabalhadores empregados na economia criativa, que engloba atividades como cultura, design, moda, gastronomia, comunicação, arquitetura, entre outras que utilizam competências de criatividade para a geração de valor. Em dezembro de 2020 eram 6,6 milhões de trabalhadores alocados no segmento.

Segundo o Observatório, a taxa de crescimento de emprego na economia criativa foi ligeiramente maior que a verificada na economia como um todo, que registrou expansão de 11%, no comparativo do 4º trimestre de 2021 com o mesmo intervalo de 2020.

O estrato que mais se beneficiou com o aumento da oferta de emprego no segmento foi o de trabalhadores de apoio (profissionais não criativos alocados em setores criativos – caso de um contador, por exemplo). Esta faixa respondeu por 584 mil das 855,5 mil (crescimento de 4%) dos postos criados no período (68% dos postos adicionados). No 4º trimestre de 2020, os trabalhadores de apoio representavam 32% do total de postos da economia criativa. No mesmo período de 2021, eles passaram a representar 36% – uma expansão de quatro pontos percentuais.

O cenário foi positivo também para os trabalhadores especializados em cultura. A oferta de vagas para estes profissionais cresceu 14% entre o 4º trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021. Neste intervalo, este estrato ganhou 89,3 mil vagas.

Para os incorporados (trabalhadores criativos incorporados por setores não criativos da economia – um design que trabalha na indústria automotiva, por exemplo) a oferta cresceu 5%, com a geração de 87,5 mil postos.

Os trabalhadores especializados criativos (profissionais criativos trabalhando em setores criativos), também viram o número de postos crescer 4% entre o quatro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021, com a criação de 94,5 mil vagas.

 

Formalidade x Informalidade

Segundo o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, a oferta de vagas da economia foi puxada tanto por postos formais como informais. No comparativo entre o 4º trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021, as vagas informais, no segmento, cresceram 15% e somaram 381,1 mil novos postos. As vagas formais cresceram 11%, o que representou 474,3 mil postos adicionados.

Em dezembro de 2021, o total dos  formais na economia criativa somaram 4,6 milhões de trabalhadores. Os informais eram 2, 9 milhões.