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Em 1970, período difícil para sua geração: ditadura, AI5, amigos perseguidos, muita tristeza e indignação. Luiz Aquila deixa seus líricos e sensíveis desenhos e com régua, compasso, guache preto e tira-linhas sobre papel Kraft produziu 12 trabalhos que agora poderão ser vistos na exposição ‘Migração’, com abertura no dia 24 de fevereiro (sábado), na Casa Stefan Zweig, em Petrópolis.

Com texto de apresentação de Vanda Klabin, a mostra faz um paralelo com o período em que o austríaco Stefan Zweig escolheu Petrópolis, em 1941, para se refugiar da expansão nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Zweig, que se apaixonou pelo Brasil, é um dos escritores mais lidos e traduzidos da história moderna, com cerca de 60 milhões de livros vendidos pelo mundo.

Para a cientista social e historiadora de arte Vanda Klabin, ao migrar para outra forma de expressão, Luiz Aquila cria uma interlocução com a experiência do exílio por meio de uma série de trabalhos onde está presente uma redução do discurso policromático, tecendo um imprevisível diálogo visual com Stefan Zweig.